30 de novembro de 2010

Babilônia

POR: Álvaro Maciel Júnior



BABILÔNIA
Minha rua é na verdade minha comunidade, que tem como acessos a Ladeira Ary Barroso e até chegar a minha casa, Rua do Rosário e Rua Santo Amaro.
Portanto, contarei um pouco da história da ocupação deste território.
A comunidade da Babilônia, no Leme, foi ocupada em princípio para abrigar os soldados que faziam a vigilância da entrada da Baía de Guanabara no alto do morro da Babilônia.
A comunidade que recebe o mesmo nome da cadeia de montanhas que a abriga, foi acompanhando o fluxo dos poços e nascentes de água, o que acabou com a chegada do encanamento e o sistema de abastecimento e distribuição de água. Com isso a comunidade da Babilônia expandiu e aumentou sua densidade demográfica, chegando moradores principalmente de Minas Gerais e do Nordeste do país. Eles mantinham a piscicultura como uma das principais fontes de sobrevivência e exerciam pequenos biscates para conseguir dinheiro em Copacabana.
Hoje, o morro da Babilônia é uma área de proteção ambiental e abriga animais silvestres e espécies raras de plantas e flores. Seus moradores, que viveram tempos de horríveis episódios de violência e terror com o tráfico de drogas, vivenciam a experiência positiva da terceira UPP – Unidade de Polícia Pacificadora – na cidade.
Eu não conseguiria falar de uma rua da comunidade, pois tem poucos elementos, mas a comunidade é riquíssima em visual e histórias de vida. De forma que também não moro na Ladeira Ary Barroso, mas esta sim seria considerada a minha rua pois de onde ela acaba para cima, é a minha casa.


NOME
A origem do nome da Comunidade abriga duas versões mais utilizadas, uma é que os soldados achavam que o local era tão bonito que inspirava aos jardins Suspensos da Babilônia com uma vista privilegiada sobre o mar Atlântico. A outra versão é de que um bar na região, perto da estação de bondes, vendia uma cerveja com o nome de Babilônia.


BIBLIOGRAFIA:
Site Correspondentes da Paz
AMB – Associação de Moradores da Babilônia.
Leme – Viagem no tempo ao fundo da noite – Arthur Poerner

Nenhum comentário:

Postar um comentário